Como diagnosticar um Câncer de Ovário? Quais exames realizar?
Diagnóstico é a razão da afecção, da doença a partir da descrição de seus sintomas. Significa literalmente análise, pesquisa, reconhecimento, identificação e descrição.
Considerado um tipo de câncer difícil de ser diagnosticado, especialmente porque muitos dos sintomas só são percebidos tardiamente, o Câncer de Ovário necessita de exames indispensáveis para concluir com precisão o diagnóstico de cada paciente.
A paciente, ao procurar um médico, não sabe ainda a natureza da sua doença e, assim, não procura diretamente um especialista. É isso o que acontece na maioria dos casos.
O médico chega a uma suposição diagnóstica através de várias etapas, durante as quais deve proceder a uma análise cuidadosa, com base principalmente em seu conhecimento do caso e da patologia, olhando sempre o paciente como um todo, não se restringindo ao sistema-alvo da sua especialidade. Neste processo, toma diversas decisões, cujo acerto ou erro repercute sobre a sobrevida do paciente e/ou sua qualidade de vida.
No Brasil, muito ainda tem de ser feito para que os médicos assumam a responsabilidade que lhes cabe quanto à prevenção e ao controle do câncer. A adequação das condutas diagnósticas e terapêuticas, e a agilidade no encaminhamento do caso constituem o âmago do exercício efetivo de tal responsabilidade.
Saiba quais exames que detectam o Câncer de Ovário e possibilitam o diagnóstico da doença com precisão.
Exame pélvico: O médico especialista inspeciona tanto a parte interna quanto externa dos órgãos genitais da mulher. Ele pode fazer isso utilizando um dispositivo com câmera para que se detecte a presença de anomalias.
Ultrassom ou tomografia computadorizada (exames de imagem): É comum o médico pedir um exame de imagem da região abdominal e pélvica. Esses exames podem ajudar a detectar alterações no tamanho, forma e nas estruturas dos ovários.
Exames que fornecem imagens do Câncer de Ovário:
Tomografia computadorizada ou tomografia computadorizada (tomografia axial computadorizada);
Exames de ressonância magnética (ressonância magnética);
PET (tomografia por emissão de pósitrons);
Radiografia de tórax;
Ultrassom transvaginal: um scanner em forma de varinha é colocado na vagina. Possui um pequeno aparelho de ultrassom na ponta.
CA-125 (câncer antigen): É um exame de sangue solicitado para localizar uma proteína presente na maioria das células do câncer de ovário. O valor de referência normal do CA-125 é de até 35 U/ml. Valores elevados de CA-125, acima de 35 U/ml, podem indicar a presença de câncer ou endometriose.
A medição dos níveis de CA-125 também pode ser usada:
Para ver se o tratamento está funcionando;
Prever se um tratamento pode ser eficaz para câncer de ovário e alguns outros tipos de câncer.
Biópsia*: o médico pode solicitar uma biópsia para se certificar acerca de alguma alteração que não ficou evidente em outros exames por algum motivo. A biópsia é, portanto, a retirada de material celular ou de um fragmento de tecido para ser analisado e se obter um diagnóstico ainda mais preciso. A partir disso, é única maneira de saber com certeza se um tumor é câncer de ovário é o médico remover as células dele e examiná-las ao microscópio (biópsia). O tecido pode ser removido por:
Cirurgia
Laparoscopia
Aspiração por agulha fina (PAAF)
Teste genético para Câncer de Ovário: se você tem alto risco de Câncer de Ovário devido ao histórico pessoal ou familiar, seu médico pode pedir que você faça mais exames, incluindo alguns que fornecem informações sobre seus genes. Esses testes podem ajudá-lo a tomar decisões importantes sobre a prevenção do câncer para você e seus filhos. Existem benefícios e riscos com os testes genéticos, que você deve discutir com seu médico. Os exames de sangue podem descobrir se você tem um gene BRCA1 ou BRCA2, que pode causar câncer de ovário e de mama. Outros testam genes que desempenham um papel na síndrome de Lynch, uma síndrome hereditária de câncer de cólon.
Leia mais sobre os testes de mutação genética na aba Testes Genéticos.
*Lembrando que tais exames são mais eficazes quando usados em conjunto, entretanto, a biópsia é maneira que assegura em definitivo o diagnóstico do Câncer de Ovário. É por meio desse procedimento cirúrgico no qual se colhe uma amostra de tecidos ou células para posterior estudo em laboratório, tal como a evolução de determinada doença crônica. Uma biópsia é frequentemente usada para diagnosticar se um tumor é benigno ou maligno (câncer).
70% dos diagnósticos de Câncer de Ovário são feitos por médicos que não são oncologistas, o que evidência a importância desses profissionais no controle da doença.
O câncer é uma patologia com localizações e aspectos clínico-patológicos múltiplos e não possui sintomas ou sinais patognomônicos, podendo ser detectado em vários estágios de evolução histopatológica e clínica. Destes fatos resulta, em grande parte, a dificuldade do seu diagnóstico e a afirmativa de que a suspeita de câncer pode surgir dos sintomas mais variados possíveis.
Por que é importante conhecer o estadiamento do Câncer de Ovário?
Essa informação é muito importante no momento do diagnóstico da doença, tanto para a paciente como para os familiares. O estadiamento é uma forma de determinar quanta doença existe no corpo e onde ela se espalhou. Esta informação é importante porque ajuda o seu médico a decidir o melhor tipo de tratamento para e as perspectivas de recuperação (prognóstico). O estadiamento do câncer de ovário é feito durante a cirurgia. Geralmente requer a remoção do útero, ovários e trompas de Falópio, bem como o omento (uma camada de tecido adiposo que cobre a área do estômago) e gânglios linfáticos próximos ao tumor.
Uma vez que a classificação de estadiamento é determinada, ela permanece a mesma, mesmo que o tratamento funcione ou o câncer se espalhe. Conhecer o estadiamento é muito importante, porque cânceres de ovário têm diferentes prognósticos em diferentes fases e são tratados de forma diferente.
Essas fases vão do estágio I ao IV. E cada estágio possui subgrupos que detalham essas fases (por letras, exemplo: Ia, Ib, e assim por diante).
As fases do estadiamento (estágios da doença):
Fase I: O câncer é limitado aos ovários;
Fase II: O câncer se espalhou para o útero ou outros órgãos pélvicos;
Fase II: O câncer se espalhou para os linfonodos ou tecidos que revestem o abdômen;
Fase IV: o câncer se espalhou para locais distantes como fígado ou pulmões e outros;